segunda-feira, 1 de outubro de 2012

a luminária - geração e escolha de alternativas




   Seguindo os requisitos e o que foi definido pelo painel semântico, a segunda geração de alternativas da luminária buscou formas mais modernas e bem acabadas, que se assemelhassem mais às luminárias presentes no mercado, e menos àquelas mais artesanais. A intenção é focar no aumento do valor agregado da peça. Por tudo o que foi dito no post "o retorno é o fim e o começo" a preocupação em utilizar apenas materiais descartados diminuiu conforme a parceria com a comunidade de catadores perdeu força, e agora as gerações de alternativa passaram a buscar opções formais fáceis e baratas de serem produzidas.
   Buscando dar movimento à peça e na tentativa de criar um volume iluminado com os potes de descarte, as primeiras alternativas apresentaram uma chapa metálica curvada que ficaria quase imperceptível e seria onde os potes estariam presos. Após a tentativa de desenvolvimento do desenho, essa alterativa mostrou-se inviável, já que a curvatura da chapa impossibilitaria que os potes ficassem presos paralelos um ao outro. A partir deste problema, a alternativa passou a ser uma chapa dobrada em ângulos retos. Apesar da forma mais geométrica e dura, esta alternativa também imprimiria movimento aos potes, ao mesmo tempo que criaria a noção desejada de um volume único.




    Após algumas tentativas de composição, a opção escolhida foi a representada acima. Apesar dos ângulos retos e duros, esta opção imprime ritmo à peça, criando ainda mais noção de movimento - além de ser uma forma moderna e elegante. Essas características agregam valor ao produto, e chegam exatamente ao ponto onde o projeto pretendia chegar: uma luminária feita com pouco material, de baixo custo de produção, com matéria-prima de descarte e gerando alto valor agregado. Esta será a peça produzida no projeto re-aproveite.


  Para o início da produção, o desenho acima foi passado para o solícito Seu Xavier, serralheiro do laboratório de Engenharia Mecânica - SG9 da UnB. As medidas usadas se basearam no tamanho desejado para o protótipo e no tamanho dos potes a serem usados. Isto é muito relevante para o projeto, uma vez que as medidas da luminária podem variar de acordo com a necessidade e a disponibilidade de material de quem a produz, se adequando perfeitamente às restrições de produção e tornando possível que qualquer pessoa reproduza a peça.

  É importante citar que na produção desta luminária foi gasto apenas R$ 60,00. A chapa metálica custou R$ 15,00, os cabos de aço foram comprados por R$ 0,68 o metro, e foram necessário 2 metros para a produção. Cada presilha para o cabo de aço custou em torno de R$ 8,00, e com fiação + bocais + lâmpadas o gasto ficou em torno de R$ 9,00, já o spray branco ficou em torno de R$ 10,00.

   No desenho acima, vemos a chapa metálica planificada, com as medidas que foram usadas na produção do protótipo. Foi definido que a luminária seria presa por cabos de aço nas quatro pontas, o que conferiria resistência à peça. Os potes seriam soldados à chapa, e teriam dois furos: um para a passagem da fiação elétrica e outro para auxiliar a troca de ar entre o meio externo e o interno, diminuindo os riscos de acidente por aquecimento da peça. 

  A partir dessas definições, a produção do protótipo foi iniciada - e será documentada em breve no blog.


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