segunda-feira, 28 de maio de 2012

geração de alternativas, parte 1

   Com os requisitos iniciais definidos, foi hora de passar para o papel algumas das ideias de alternativas que podem ser desenvolvidas neste trabalho.
    As possibilidades de acabamentos a serem utilizados também estão mostradas nos desenhos abaixo. As opções serão validadas durante o desenvolvimento tridimensional das ideias, que compõe a parte 2 desta geração de alternativas.
   Abaixo, os rascunhos das soluções formais que servirão de base para o desenvolvimento e a produção do projeto.





    A seguir, algumas fotos da geração tridimensional das alternativas expostas nos desenhos:



 




   Abaixo, as fotos finais destas alternativas:


quinta-feira, 17 de maio de 2012

o cronograma daqui pra frente


estamos aqui > semana3 (14 e 16 de maio) - Criação de requisitos e geração de alternativas
semana4 (28 e 30 de maio) - Ajuste de alteranativas, definição da alternativa de ante-projeto, preparar apresentação do anteprojeto.
semana5 (4 e 6 de junho) - Apresentação de anteprojeto.

passos seguintes

- validação da alternativa apresentada
       _caso ok: validação com a cooperativa
       _caso não: geração de alternativas, correções e nova validação
- início da produção do protótipo
- detalhamento técnico do protótipo
- fase de acabamento do protótipo
- inserção dos produtos no mercado - desenvolver ideia de stand de vendas dos produtos.

apresentação final: 9 e 11 de julho.

os requisitos iniciais

    Reunindo tudo o que foi dito neste Blog, pesquisado em diversas fontes e informado pelos cooperados, formou-se uma lista com requisitos iniciais do projeto e dos produtos a serem desenvolvidos. Eles encontram-se na lista abaixo.


requisitos do projeto:


_ gerar produtos duráveis
_utilizar matéria prima presente no lixão
_utilizar maquinário presente no lixão
_ter baixo custo de produção
_ter alto valor de venda para que gere renda à cooperativa
_transmitir os principais conceitos de "design" ao grupo de cooperados, mostrando que é possível fazer produtos mais caros com os resíduos descartados.


requisitos da luminária:


_ter a fiação necessária para acender normalmente
_deve ser segura
_deve ser firme
_deve iluminar bem
_deve ser fácil de se trocar as lâmpadas
_deve valorizar a luz e não a forma
_deve ter bom acabamento
_deve ser leve
_deve ser pendente
_deve ter aparência neutra
_deve aparentar alta qualidade
_deve aparentar alto preço
_deve ser conceitual
_deve ser sustentável
_deve ter aparência alternativa
_deve ser clara
_deve ser minimalista
_deve ser translúcida
_deve ter aparência curiosa
_deve alterar o ambiente de forma a torná-lo mais aconchegante.
_pode ter filtros coloridos para se acoplar à luminária


requisitos do pufe:


   Primeiramente é importante esclarecer que para fins de produção, foi decidido que o pufe será produzido, e não o sofá. A cooperativa não dispõe de nenhum tipo de maquinário específico que permita cortar ou dobrar pneus, e para que o projeto pudesse ser desenvolvido, era importante que a produção fosse auto-sustentável, e utilizasse apenas o que está disponível na área de trabalho da cooperativa. Dessa forma, o maquinário disponível é apenas a furadeira, e com ela, é impossível montarmos encosto e braços para fazer um sofá. Por essa razão, o produto desenvolvido neste projeto será um pufe.


_deve ser muito resistente
_deve ter grande durabilidade
_deve sustentar o peso de um adulto médio sentado ou deitado
_deve ser confortável
_deve ter revestimento
_deve ser agradável aos olhos
_deve ser convidativo
_deve ter aparência curiosa
_deve aparentar qualidade
_deve aparentar alto valor
_deve parecer natural
_deve parecer feito a mão
_deve ter bom acabamento


   De posse dos requisitos, a geração de alternativas começa. Neste projeto, a geração se dará por desenhos, mas principalmente, por experimentações com diferentes montagens dos materiais. Os passos serão documentados aqui por fotos e texto.

a paleta de cores

   Baseando-se nas pesquisas e nos painéis semânticos, foi definida uma paleta de cor para cada produto a ser desenvolvido. 
   As cores principais são as que deverão ser preferencialmente usadas, para que todos os requisitos do produto sejam seguidos e o objetivo do projeto seja plenamente alcançado. Entretanto, as condições de produção vão sempre variar de acordo com a disponibilidade dos resíduos encontrados no lixão do centro de tratamento, e portanto, não se pode restringir o uso de cores. Dessa forma, as cores secundárias são aquelas que também podem ser usadas na fabricação do produto, mas seguindo regras para que o conceito principal do projeto não se perca. É importante que o produto se adeque não só à esta metodologia mas também à realidade dos responsáveis pela produção.




   para a luminária:




   O branco e o cinza estarão presentes nas estruturas de fiação, bocais, tomadas e na base do pendente. O preto poderá aparecer nas tampas dos potes de vidro, por exemplo. As cores secundárias podem estar nos vidros das garrafas e dos potes usados para o corpo da luminária.


   para o pufe:




   As cores de linha usadas no revestimento do pufe serão normalmente mais sóbrias e aconchegantes, mas dependendo da disponibilidade e do trançado a ser feito, cores mais fortes e alegres podem ser usadas -  sempre com atenção ao bom gosto e ao conforto visual. 

painéis semânticos

   Ainda buscando refinar as pesquisas para obter os requisitos para o desenvolvimento do produto, foram montados dois painéis semânticos com sensações, aparências e características que os dois produtos devem ter.

   Para a luminária:



   Para o pufe:


os similares

    Para definir melhor o produto que será criado, antes da geração de alternativas formais, é importante conhecer os similares presentes no mercado. Conhecendo esses produtos se pode descobrir montagens e tecnologias que podem ser empregadas no projeto de forma a deixar a solução formal ainda melhor.
    Esta pesquisa gerou três painéis de imagens: o primeiro, de luminárias feitas com recipientes de vidro, que tem a forma bastante parecida com o que se deseja fazer neste projeto. Nas imagens se pode observar que os vidros são furados, e que a fiação tem melhor acabamento.
    O segundo painel foi montado com fotos tiradas em lojas de elétrica e iluminação, com produtos reais e focando em detalhes que seriam interessantes ao projeto. O ponto alto dessa pesquisa foi perceber os diferentes acabamentos, como por exemplo os diversos modelos de base das luminárias pendentes. Cada modelo combina melhor com um estilo, e é importante prever qual forma ela terá, quantos furos para fiação serão necessários e qual seu material. 
    O terceiro painel foi montado pensando no desenvolvimento do pufe de pneu. As imagens recolhidas na internet mostram o tipo de revestimento que se pretende usar neste projeto. As possibilidades de trançado da lã e as cores de lã disponíveis criam pufes com personalidade e ao mesmo tempo simples e aconchegantes. Também se pode perceber como fazer a sustentação do pufe, característica que também será usada no desenvolvimento do produto.
  Depois de conhecer mais sobre os similares disponíveis no mercado, pode-se definir melhor os requisitos dos produtos. Este será o próximo passo do projeto.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

o público alvo


painel semântico que define quem é o público-alvo, o que ele acredita e o que ele gosta de fazer.

     Seguindo a ideia do estilo definido no post anterior, delimitou-se o público que pode ser visto melhor no painel acima. 

     Os produtos se destinam principalmente a homens ou mulheres, de classe AA, A ou B, que tenham a partir de 27 anos e uma vida financeiramente estável. Acima o padrão descrito é o de uma família com um pai e uma mãe que são exatamente o público alvo do produto: são jovens, têm filhos, moram em grandes centros urbanos, são de classe alta e tem carreiras de sucesso. Esses pais valorizam o estudo e a educação, e por isso mantém seus filhos em escolas particulares, além de incentivar o conhecimento cultural e musical deles. A família pratica Coleta Seletiva, e por ser bem instruída, gosta e cuida do meio ambiente, se sentindo à vontade em atividades ao ar livre e na natureza. São pessoas que gostam de viajar e viajam muito, e por isso, tem uma visão ampla das realidades do mundo. Eles consomem tanto produtos ambientalmente preocupados quanto tecnologias atuais, e conhecem muito de tudo que se usa na atualidade. Em seu tempo livre, dão valor ao contato social, têm muitos amigos e gostam de fazer programas juntos. Os filhos gostam de brincadeiras ao ar livre, mas também gostam, como toda criança, de tecnologias, games e computador. A família valoriza uma alimentação saudável e mantém hortas e plantas em casa, o que os aproxima da natureza. Os pais se preocupam com o ambiente familiar e com a casa onde vivem, e gostam de decoração e de produtos que se integrem bem ao ambiente. Apesar de bem abastada, esta é uma família simples, que aprecia o conforto e as facilidades do dinheiro, mas mais do que qualquer coisa dá valor às coisas simples que a vida tem, como boas lembranças e bons momentos.

    É para pessoas com esse perfil que a luminária e o pufe/sofá serão desenvolvidos, e é a essas pessoas que os produtos mais devem agradar.

terça-feira, 15 de maio de 2012

o estilo



apê com ares de loft novaiorquino, encontrado em
http://referans.wordpress.com/2011/06/20/ape-com-ares-de-loft-nova-iorquino/# 

apartamento com jardim vertical no coração do imóvel, encontrado em
http://www.criadesignblog.com/galleria/apartamento-com-jardim-vertical-no-coracao-do-imovel/10

decoração de imóvel antigo une elementos originais e peças contemporâneas, encontrado em
http://www.criadesignblog.com/galleria/decoracao-de-imovel-antigo-une-elementos-originais-e-pecas-contemporaneas/5


    Para o início da geração de alternativas formais para os projetos da luminária e do pufe/sofá, é necessário que se tenha em mente um estilo formal a se seguir.
   
    Uma vez que a intenção é desenvolver produtos de preço mais elevado e voltados para um público requintado, que se preocupa com estilo e que está disposto a gastar um pouco mais por qualidade e forma, é necessário atentar-se aos caminhos que estão sendo tomados no design de produto, no design de interiores e na arquitetura.
   
   Baseando-se nas pesquisas de tendências e imagens, nota-se uma inclinação à mistura de objetos minimalistas com outros estilos mais carregados, a mistura de formas orgânicas com construções retas e a combinação do sensível com o rústico, de forma a criar ambientes plurais e equilibrados, com ar cosmopolita, que é ao mesmo tempo simples e rico. Quem costuma consumir este tipo de estilo são as pessoas que podem pagar por eles, ou seja, aqueles que tem dinheiro para estar sempre seguindo o que a moda dita em termos de mobiliário. As imagens acima ilustram claramente esta orientação do design de interiores, e a intenção é que o produto a ser desenvolvido caiba perfeitamente em qualquer desses ambientes mostrados nas fotos, compondo a parte minimalista das combinações.


    A partir dessa delimitação inicial, pode-se começar a definir um público-alvo para o produto, e assim dar seguimento à geração formal dos projetos.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

visita à usina de triagem e compostagem do Psul


       
        Para conhecer mais de perto a realidade da cooperativa com quem o trabalho será desenvolvido, foi agendada uma visita à Usina de Triagem e Compostagem do PSul, na Ceilândia, lugar onde os cooperados da CATAGUAR trabalham separando os resíduos recicláveis dos demais.

         A visita foi conduzida pelo Centro de apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da UnB, e visou recolher informações sobre a cooperativa para aprimorar o trabalho do CDT e aproximar as duas partes.

         A responsável pela cooperativa, Dona Graça, é uma senhora de seus 45 anos. Bastante politizada e com plena consciência de seus direitos e deveres, ela gere a cooperativa com firmeza e dedicação visíveis, e recebeu a visita com atenção e cuidado. Após expor vários dos problemas que a cooperativa enfrenta, ela nos mostrou o espaço de trabalho, citou a divisão de tarefas, além de mostrar, com carinho especial, os artesanatos que são desenvolvidos no local pelos próprios cooperados.


       
        O material é feito para venda, mas a prática não rende muito dinheiro à cooperativa. Vez por outra, a CATAGUAR participa de exposições em orgãos públicos, mas nunca com intuito de venda. A produção abrange peças como porta-papel higiênico, bonecas decorativas feitas de PET, filtros de água decorados e bolsas feitas de cartões telefônicos - e para serem feitos, os produtos exigem inclusive a compra de materiais, como linha para crochê, acabamentos para bonecas e tintas. O artesanato é visto pela D. Graça como uma boa forma de aumentar a renda dos cooperados, mas devido à falta de capacitação e a falta de visibilidade, os produtos não possuem alto valor agregado e terminam por decorar o galpão da cooperativa ao invés de gerar melhores meios aos trabalhadores.

        Conhecendo essa situação e sabendo da avidez dos cooperados por capacitação e pela melhora de suas condições de trabalho e de vida, ficou claro que podemos ajudar a melhorar essa situação de várias formas, e que a proposta de trabalho da disciplina de Projeto de Produto 3 pode mudar, e muito, a perspectiva dessas pessoas tão trabalhadoras.
     


   
      Uma semana depois, foi a vez de apresentar a eles o projeto de parceria com a cooperativa. Quando citamos o interesse em desenvolver produtos junto com eles, Dona Graça logo falou de sua vontade de produzir sofás feitos de pneus, como os expostos na sede do lixão. Na primeira visita pudemos ver o quanto os pneus abandonados são um problema para a cooperativa. Eles se empilham aos montes na área descoberta do galpão, e são o ambiente ideal para proliferação de bichos e doenças, como a dengue. Tendo em vista o problema dos pneus, e conhecendo os materiais mais descartados no lixão, surgiu a ideia de se desenvolver paralelamente dois produtos.

     O primeiro dos produtos a ser desenvolvido seria uma luminária - a princípio pendente - feita de garrafas e potes de vidro. O material é extremamente abundante no centro de descartes, e tem aparência mais elegante que a maioria dos resíduos - o vidro não amassa e é fácil de ser limpado pelos cooperados. Para o desenvolvimento do produto, cabos e lâmpadas devem ser comprados, o que não trará grandes problemas à cooperativa, uma vez que os materiais para produção do artesanato já são comprados. A diferença nesse caso, é que o produto feito teria alto valor agregado e de venda, o que tornaria o processo de montagem sustentável: com o dinheiro da venda pode-se comprar os fios e acabamentos para a luminária.

     O segundo produto a ser desenvolvido, seria um pufe ou sofá feito de pneu. Além de resolver um problema grave da cooperativa os pneus tem estabilidade, durabilidade e resistência, o que o torna um material ideal para sustentar pessoas. Sua aparência grotesca pode ser escondida com um revestimento que dê ao produto aparência elegante, e com isso, o valor do produto final pode ser mais alto.

     Apresentadas as possibilidades e as fotos encontradas durante a pesquisa, os cooperados ficaram bastante animados com o projeto, e também começaram a dar outras sugestões baseadas no seu conhecimento dos materiais e na sua vivência. A parceria entre a disciplina e a cooperativa estava começando.

     Os próximos passos envolvem agora, definir melhor os produtos a serem desenvolvidos, suas características formais e de estilo, o público a quem deve se destinar, e finalmente os requisitos do projeto. Depois dessas etapas, será possível, junto com a cooperativa, desenvolver soluções que se adequem a eles e ao projeto, e teremos como resultado um produto sustentável, social e ambientalmente correto, bem como discplina de Projeto de Produto 3 propõe.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

tendências e materiais



           
               Durante as pesquisas de imagens, pôde-se também verificar duas tendências predominantes: a primeira é transformar os materiais descartados em vasinhos de plantas, cachepôs e espaço para horta - como vemos no painel acima nas imagens marcadas com a bolinha verde. O contraste entre a leveza das plantas e o peso dos materiais cria um aspecto inusitado, que chama atenção do observador. Esses "produtos" são mais improvisados, e não tem alto valor agregado, apesar de compor ambientes bastante interessantes quando inseridos no contexto informal e descontraído.

               A outra tendência que se percebe é a de quebrar o paradigma de que produtos feitos de materiais reciclados tem obrigatoriamente que ter aparência artesanal e barata. As imagens marcadas com a bolinha ocre no quadro acima tem como base materiais reciclados como latinhas, pneus, copos e garrafas plásticos, anéis de latas, cds e rolhas de cortiça. Em todas as fotos os resíduos recicláveis foram revestidos e montados de maneira a mudar a percepção de valor da peça. Para isso foram usados materiais com aparência refinada, que são facilmente associados a produtos mais caros, e que nos dão a percepção de qualidade e valor.

              Para o presente projeto, a tendência mais interessante a ser seguida é a segunda, uma vez que se busca também aprimorar a técnica de uma comunidade de catadores de resíduos recicláveis, além de aumentar sua renda, tornando o trabalho de catação e reciclagem bom para nós, mas principalmente, bom para eles.

o que já existe?





                   Nessa etapa do projeto foi desenvolvido um painel visual reunindo algumas imagens encontradas na internet de produtos feitos com material reciclado. A intenção desse painel é mostrar a infinidade de coisas que pode ser produzida com os resíduos descartados, e principalmente nos atentar ao fato de que esses produtos podem ser muito bem acabados e ter alto valor agregado.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

a estrutura do projeto + cronograma

             O planejamento do projeto é parte decisiva do seu desenvolvimento. Sendo assim, foram definidas algumas etapas que devem ser seguidas como metodologia, para que no fim do processo se chegue ao resultado desejado. 
             A seguir, cada etapa acompanha os principais pontos a serem pensados no decorrer do projeto.

Pesquisas
            - bibliografia
            - tendências
            - necessidades
            - o que já existe?
            - materiais
Definições de público e estilo
            - público alvo
            - painéis de referência de estilo de vida
            - painéis de referência formal
Definição de resquisitos
            - a que o produto se propõe?
            - porque desenvolver este produto?
            - requisitos a serem seguidos pelo produto
 Geração de Alternativas
           
Escolha da Alternativa
            - ajustes
            - detalhamento
Validação da Alternativa Escolhida
            - com os usuários
            - com os desenvolvedores
Produção
            - produção de protótipo
            - alterações pertinentes à produção


Cronograma

semana1 - Pesquisas iniciais, tais como bibliografia, estado da arte de produtos feitos de materiais reciclados, as tendências, os materiais já usados.
semana2 - Definição de estilo (painéis, paletas de cores, ambiente em que seria inserido, público alvo, estilo do público alvo, como o produto se encaixaria neste ambiente)
semana3 - Criação de requisitos e geração de alternativas
semana4 - Ajuste de alteranativas, definição da alternativa de ante-projeto
semana5- Apresentação de anteprojeto.

os conceitos


            Para que possamos compreender a importância do desenvolvimento de produtos social e ambientalmente responsáveis é necessário esclarecer o conceito das palavras "Sustentável" e "Socio-ambiental".
            Sustentável, segundo o dicionário Silveira Bueno significa "aquele que pode sustentar-se, manter-se, equilibrar-se, alimentar-se, nutrir-se, conservar-se". Indo ao encontro deste conceito, durante discussões, concluímos que sustentável se refere, no âmbito da disciplina, a um sistema, que pode ser entendido como todo o ciclo de desenvolvimento, produção, uso, descarte e reaproveitamento de um objeto. O processo de um ciclo sustentável é intimamente ligado ao impacto por ele causado, tanto no ambiente, como na vida das pessoas envolvidas em sua produção. São pontos relevantes deste sistema o ambiente - enquanto meio em que vivemos -, a economia - enquanto desenvolvimento criativo, financeiro e pessoal -, a equidade entre as diversas partes deste processo e a educação, que se mostra cada vez mais indispensável à disseminação desta nova forma de se pensar e conceber produtos.
            O sustentável é aquele processo que se conserva justo por não prejudicar nenhuma de suas partes componentes, que no caso, são a sociedade e o meio-ambiente. Hipoteticamente, um produto sustentável seria aquele feito de matéria prima infindável - como o lixo - com uma produção limpa e um retorno econômico justo ao produtor, e que, no fim da sua vida útil, retornasse ao seu estado inicial, permitindo a continuidade do processo.
            O conceito "Socio-ambiental", segundo as fontes pesquisadas, sugere atenção a atitudes responsáveis em relação ao meio ambiente e à sociedade. Surgido após as primeiras conferências sobre gerenciamento ambiental, a palavra passou a ser usada quando várias empresas começaram a se preocupar com o impacto por elas causado ao meio-ambiente e à sociedade. Após a inclusão dessa discussão no circuito empresarial, foram fundamentados parâmetros para se alterar as decisões e estratégias das empresas:

  • Bom relacionamento com a comunidade;
  • Bom relacionamento com os organismos ambientais;
  • Estabelecimento de uma política ambiental;
  • Eficiente sistema de gestão ambiental;
  • Uso de tecnologia limpa;
  • Elevados investimentos em proteção ambiental;
  • Definição de um compromisso ambiental;
  • Associação das ações ambientais com os princípios estabelecidos na carta para o desenvolvimento sustentável;
  • A questão ambiental como valor do negócio;
  • Atuação ambiental com base na agenda 21 local;
  • Contribuição para o desenvolvimento sustentável dos municípios vizinhos.


            O termo passou a ser fortemente difundido no âmbito empresarial, o que o tornou amplamente conhecido também pela sociedade. Devido a essa propagação do conceito, criou-se a cultura de promover a integração do social e do ambiental de maneira responsável e consciente, chegando ao ponto do consumidor recriminar empresas que não se mostram comprometidas com a causa, em pró daquelas sócio-ambientalmente responsáveis. 

a proposta da disciplina


            A disciplina de Projeto de Produto 3 - que aqui vamos chamar de PP3, enfatiza o desenvolvimento de um produto sustentável, que possa se integrar ao meio-ambiente e à sociedade, sem que haja exploração de matéria ou mão de obra, e que beneficie a comunidade, de forma direta ou indireta.
            A disciplina se propõe também a colocar os alunos em contato com realidades diferentes, e a pensar no projeto em sua totalidade, avaliando não só a metodologia e o desenvolvimento, mas também as etapas de uso e descarte, e o impacto que todo o processo de produção, venda e uso do produto trarão ao conjunto sociedade - meio-ambiente.
            Para cumprir a proposta descrita, os alunos terão contato com diversas organizações formadas por pessoas que se uniram no propósito de beneficiar o meio em que vivem. A intenção é integrar os alunos à esses trabalhadores e suas matérias primas, para que desenvolvam juntos um produto ecologicamente correto e viável, socialmente justo, culturalmente aceito, e que proponha comércio justo.
            O objetivo final é beneficiar primeiramente a organização, e de forma mais ampla, toda a sociedade; não só pelos benefícios que o produto em si deve trazer, mas principalmente pelas reflexões que ele pretende despertar.